Em um romance que mistura autobiografia e ficção, Chimamanda Ngozi Adichie - uma das mais aclamadas escritoras africanas da atualidade - traça, de forma sensível e surpreendente, um panorama social, político e religioso da Nigéria atual.
Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade extremamente "branca" e católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o jornal mais progressista do país.
Durante uma temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato contundente e original da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos da colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do continente.
"Uma história sensível e delicada sobre uma jovem exposta à intolerância religiosa e ao lado obscuro da sociedade nigeriana." - J.M. Coetzee
HIBISCO ROXO, Chimamanda Ngozi Adichie
Sobre a autora
CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977. Aos dezenove anos, ela se mudou para os Estados Unidos, onde se formou em comunicação e ciências políticas. É autora dos romances "Hibisco roxo", "Meio sol amarelo" e "Americanah". Além destes, a Companhia das Letras publicou no Brasil também seu livro de contos, "No seu pescoço", e seus ensaios "Sejamos todos feministas", "Para educar crianças feministas", "O perigo de uma história única" e "Notas sobre o luto".